terça-feira, 22 de junho de 2010

Um conto de fadas

João era um homem bom e feliz. Ele vivia em um reino onde a prosperidade reinava, até o dia em que uma praga pousou neste lugar. Os habitantes a chamaram de nuvem negra, não sabiam de onde ela vinha nem sabiam quando iria. O único conhecimento sobre essa doença era o de que ela matava, mas não uma morte comum de quando se pega uma pneumonia ou uma tuberculose. As pessoas adquiriam uma coloração negra feito breu nas peles em seguida iam secando lentamente, não havia remédio ou cura. As pessoas continuavam a viver e enterrar seus mortos. Dentre eles os pais e irmãos de João também se foram.
Mesmo com sua tragédia ele continuava feliz e bondoso. Emprestou sua casa para abrigar os doentes e aqueles que insistiam em achar uma cura para a doença. Um homem malvado se aproveitou da situação e ficou com a casa de João. O tempo passou e ,assim como veio, a nuvem negra se foi.
João decidiu viajar pelo reino. Passou por lugares lindos, conheceu pessoas maravilhosas, ele estava feliz.
Certo dia, ele chegou a um vilarejo muito pobre. Homens, mulheres e crianças passavam muita fome.
Uma mulher de faces murchas, que estava com crianças de faces murchas estendeu a mão em sua direção.
-Uma ajuda, por favor!Estou com fome, muita fome!Minhas crianças também estão.
João pegou sua sacola de moedas, retirou umas e deu para a senhora, esta o retribuiu com um sorriso.Em seguida, outras pessoas vieram pedindo ajuda.Um de cada vez ele deu moedas,ao fim,notou que não havia sobrado nada para ele.Mas não se importava pois estava feliz em ajudar as pessoas que necessitavam.Continuou a andar pelo vilarejo até que uma criança o parou pedindo ajuda.
-Desculpe, mas não tenho moeda alguma. -Olhando para o rosto triste e franzino da criança, que só vestia uma calça rasgada e sapatos, retirou sua manta de viajem e deu a ele.Depois,vieram outras tantas crianças com suas tantas necessidades. Acabou ficando nu no meio do vilarejo e as pessoas começaram a apontar e rir dele. Com vergonha ele fugiu para uma floresta próxima.
O lugar era sombrio e frio, as arvores estava com poucas folhas, seus ganhos tortos fechavam qualquer brecha em que a luz pudesse penetrar. Ao cair da noite ele se sentiu sozinho no frio penetrante, mas estava feliz em saber que as pessoas do vilarejo estariam bem com as doações que tinha feito.
Os galhos atrás dele se mexeram, ele olhou em direção ao barulho e de lá saíram criaturas que nunca tinha visto em sua vida.
-Estamos com fome, tem algo que possa nos dar?-João olhou para os lados e depois para si.
-Não tenho nada, dei tudo para as pessoas do vilarejo - as criaturas abaixaram a cabeça tristemente.
-Talvez possa nos dar um pouco de sua carne, não sentirá falta de uns pedaços-Depois de pensar um pouco ele deixou.
Os seres avançaram e aos poucos devoraram sua carne. No final do banquete a única parte que sobrou foi sou cabeça.
-Garoto bobo!Entregou tudo que tinha para terminar assim. -Os demônios gargalhavam.
João sorriu e lagrimas de sangue percorreram sua face enquanto dizia-Estou feliz!Estou feliz!
João era um homem feliz e bom.

News

Em fase de criação os contos "Amélia" e "A vizinha e o portão" em breve estarão disponiveis.Este comunicado só é um modo de "dar um sinal de vida" no blog.

Uma prévia

Estou tentando encotrar tempo para reescrver uma novela(que tb será postada no blog),Então resolvi colocar um pouco da historia para vocês.
PS. A historia naum tem nome ainda.

"Adoro minha vida, adoro suas ondulações e adoro esta sociedade. Gosto de pensar que minha história é um pequeno livro de contos, nem um tão importante quanto outro, todos catalogados com o mesmo preço.
Sempre tive de tudo e fiz tudo o que queria, tenho condições que me permitem isto, ou melhor: meus pais têm.
Resumindo o pequeno livro de contos, do capitulo 5 ao 10,temos uma pequena garota que gostava de ler ,contar historias para seus amiguinhos de terno preto que perambulavam pela casa.Já ,para as amigas de babados, gostava de ensina-las a juntar as letras em pequenas palavra pra que assim entendessem seu sentido.Por entusiasmos ou talvez vocação,decidi tornar-me professora.
Do capitulo 11 ao16, a vida mostrou-me seu verdadeiro rosto, o qual não me interessava. Continuava no meu castelo de cristal, filha única, a minha historia ainda era feliz.
No capitulo 17, a vida esbofeteou-me, chegada hora de crescer e para tal era preciso uma profissão. Ser professora, decidido estava. Anunciado aos pais, veio à negação. Medicina era o ramo escolhido para mim sem que soubesse. Vinda de uma família de médicos era a profissão que mais me cabia.
-Você terá de cuidar dos negócios. -argumentavam meus pais em um tom de intimativo.
-Quero ensinar as pessoas necessitadas. Quero que tenham o instrumento mais precioso que um ser humano pode ter: saber usar as palavras.
-Sendo médica pode fazer o mesmo na África será bom para o seu currículo, poucos são os filhos de nosso amigos que foram para o exterior, mesmo que seja para salvar aqueles pobres coitados. Deixará uma impressão boa no nosso circulo social. Que tal uma especialização nos E.U. A?Cirurgia plástica é um ótimo ramo.
-Vocês não entendem!
-Cale-se, está decidido. Alem do mais, Ser professor em uma sociedade como a nossa, não trará gratificação nenhuma. E também, não queremos ser apontados como aqueles que têm uma filha em uma profissão tão desvalorizada. Lembre-se: Sempre temos que ser superiores aos outros.
-Você nos agradecerá depois.
No principio do capitulo 18 ao 24, resolvera-se o fracasso do anterior. Uma boa doação resolvera o caso e me permitira a entrada em uma faculdade de excelente ensino. De que boca foi tirada a vaga para satisfazer a minha?Daquele menino sem recursos, o bolsista que me ajudara a compreender as matérias de biologia e química.
Os amigos me parabenizaram com sorrisos escaldantes e os mais ricos elogios.
-Soube que ela só acessou a faculdade porque os pais dela deram um “empurrãozinho”. Que desagradável!
-Também acho!-Os surros me penetravam a carne morta.
-Ganhas-te um carro?Que legal!Vamos dar uma volta?- Falaram a mesmas, minhas amigas de infância.
Adorava medicina, minhas algemas pesam tanto. Gostava de circular pelos corredores cheios de livros da biblioteca, principalmente, os que tratavam de assuntos relacionados à literatura. Gostava de sentir o livro, cada palavra, seu cheiro.
Sempre rodeada de pessoas que me idolatravam, pediam conselhos, ajuda em estágios na rede de hospital de meus pais. Era tão bom ser querida.

Apaixonara-me, por um aluno bolsista que fazia Letras. Meus pais, obviamente, aceitaram este romance. A coisa mais importante que se pode aprender é amar e em troca amado ser. Ele tornava tudo melhor, era a luz em minha escuridão. Tempos depois, se foi subitamente. Continuei com meus livros de literatura. Escrevi uma carta. Tão morta quanto um morto pode estar."