terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma prévia

Estou tentando encotrar tempo para reescrver uma novela(que tb será postada no blog),Então resolvi colocar um pouco da historia para vocês.
PS. A historia naum tem nome ainda.

"Adoro minha vida, adoro suas ondulações e adoro esta sociedade. Gosto de pensar que minha história é um pequeno livro de contos, nem um tão importante quanto outro, todos catalogados com o mesmo preço.
Sempre tive de tudo e fiz tudo o que queria, tenho condições que me permitem isto, ou melhor: meus pais têm.
Resumindo o pequeno livro de contos, do capitulo 5 ao 10,temos uma pequena garota que gostava de ler ,contar historias para seus amiguinhos de terno preto que perambulavam pela casa.Já ,para as amigas de babados, gostava de ensina-las a juntar as letras em pequenas palavra pra que assim entendessem seu sentido.Por entusiasmos ou talvez vocação,decidi tornar-me professora.
Do capitulo 11 ao16, a vida mostrou-me seu verdadeiro rosto, o qual não me interessava. Continuava no meu castelo de cristal, filha única, a minha historia ainda era feliz.
No capitulo 17, a vida esbofeteou-me, chegada hora de crescer e para tal era preciso uma profissão. Ser professora, decidido estava. Anunciado aos pais, veio à negação. Medicina era o ramo escolhido para mim sem que soubesse. Vinda de uma família de médicos era a profissão que mais me cabia.
-Você terá de cuidar dos negócios. -argumentavam meus pais em um tom de intimativo.
-Quero ensinar as pessoas necessitadas. Quero que tenham o instrumento mais precioso que um ser humano pode ter: saber usar as palavras.
-Sendo médica pode fazer o mesmo na África será bom para o seu currículo, poucos são os filhos de nosso amigos que foram para o exterior, mesmo que seja para salvar aqueles pobres coitados. Deixará uma impressão boa no nosso circulo social. Que tal uma especialização nos E.U. A?Cirurgia plástica é um ótimo ramo.
-Vocês não entendem!
-Cale-se, está decidido. Alem do mais, Ser professor em uma sociedade como a nossa, não trará gratificação nenhuma. E também, não queremos ser apontados como aqueles que têm uma filha em uma profissão tão desvalorizada. Lembre-se: Sempre temos que ser superiores aos outros.
-Você nos agradecerá depois.
No principio do capitulo 18 ao 24, resolvera-se o fracasso do anterior. Uma boa doação resolvera o caso e me permitira a entrada em uma faculdade de excelente ensino. De que boca foi tirada a vaga para satisfazer a minha?Daquele menino sem recursos, o bolsista que me ajudara a compreender as matérias de biologia e química.
Os amigos me parabenizaram com sorrisos escaldantes e os mais ricos elogios.
-Soube que ela só acessou a faculdade porque os pais dela deram um “empurrãozinho”. Que desagradável!
-Também acho!-Os surros me penetravam a carne morta.
-Ganhas-te um carro?Que legal!Vamos dar uma volta?- Falaram a mesmas, minhas amigas de infância.
Adorava medicina, minhas algemas pesam tanto. Gostava de circular pelos corredores cheios de livros da biblioteca, principalmente, os que tratavam de assuntos relacionados à literatura. Gostava de sentir o livro, cada palavra, seu cheiro.
Sempre rodeada de pessoas que me idolatravam, pediam conselhos, ajuda em estágios na rede de hospital de meus pais. Era tão bom ser querida.

Apaixonara-me, por um aluno bolsista que fazia Letras. Meus pais, obviamente, aceitaram este romance. A coisa mais importante que se pode aprender é amar e em troca amado ser. Ele tornava tudo melhor, era a luz em minha escuridão. Tempos depois, se foi subitamente. Continuei com meus livros de literatura. Escrevi uma carta. Tão morta quanto um morto pode estar."

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